segunda-feira, 22 de abril de 2013

Charles Darwin e a Origem das espécies

Charles Robert Darwin, foi um renomado naturalista britânico que nasceu na cidade de Shrewsbury em 1809. Ele se destacou no meio científico por seus estudos  sobre a teoria da evolução, descrita no livro a Origem das Espécies. Segundo suas descobertas os indivíduos com maior capacidade intelectual, locomoção, reprodução, imunidade e resistência às condições adversas de ambiente e clima, sobreviveriam, enquanto os mais fracos pereceriam.

Neste teoria, conhecida como a lei do mais forte, é preciso dissociar a atuação do homem dos demais seres vivos no que diz respeito a luta pela sobrevivência. Na natureza, o principio da seleção natural ocorre de forma equilibrada em toda cadeia alimentar. Os cupins, formigas, vespas e abelhas apesar de serem desprovidos de raciocínio lógico, conseguem viver em uma sociedade muito bem organizada, dividida em classes e tarefas.

Esta convivência altamente complexa, conhecida como eusocialidade abrange o cuidado cooperativo com a prole, as funções reprodutivas e operárias, além da sobreposição de gerações em uma mesma colônia, garantindo o perfeito funcionamento e manutenção do ambiente comum. Neste conceito destacamos as abelhas, onde a rainha é responsável pela propagação da espécie, o macho por fecunda-la e as operárias pelos cuidados com a manutenção do ninho.

Já o homem, ser psique e social, cuida da prole, delega e cumpre tarefas, propaga a espécie, permite a convivência de diferentes gerações em um mesmo teto, porém ao contrário dos insetos eusociais não consegue viver em equilíbrio com indivíduos semelhantes. Apesar de estar no topo da cadeia alimentar, lamentavelmente pode-se dizer que é uma das piores pragas que existe.

Em linhas gerais, ele não consegue usar os seus conhecimentos em prol da coletividade, sendo excessivamente individualista e altamente competitivo, muitas vezes passando por cima de tudo e de todos não impondo limite a si mesmo, especialmente quando detém o poder.

O homem está mais apto a retirar uma vida do que propriamente dar a sua em benefício de alguém. O zangão, ao contrário, em plena lua de mel durante o voo nupcial morre após a cópula, não tendo nem a oportunidade de conhecer seus descendentes diretos. É o sacrifício em prol da coletividade, o altruísmo levado ao pé da letra.

Esta comparação, a princípio descabida e desmedida, a luz da razão faz todo sentido, quando nos leva a refletir sobre o papel individualista que o homem tem exercido perante a sociedade, esquecendo-se de servir, cooperar, repartir, multiplicar, doar, respeitar, apoiar, dentre outros tantos verbos que expressam à verdadeira contribuição humana, aquela desprovida de qualquer interesse escuso.

Ao invés de permitir que as pessoas se deleitem do mel gerado pelas coisas doces da vida, ele prefere se esconder dentro de uma colmeia totalmente isolada e vedada. Este mesmo homem é o que está espalhado por diferentes empresas, ora liderando, ora sendo liberado, mas de alguma maneira ferrando alguém sem qualquer motivo.

No ambiente corporativo, opta por se refugiar em uma zona de conforto e quando conveniente, ele deixa sorrateiramente seu habitat, voando em direção aos próprios interesses. Voos suaves, discretos e assertivos, porém individualistas e traiçoeiros.

Como identificar o “eu” que há em cada homem e torna-lo como esses insetos, no que diz respeito à eusocialidade, é o grande desafio de quem pretende se tornar um líder capaz de atender as necessidades e expectativas das pessoas, de modo a manter completamente motivadas.

Talvez muitas gerações não desfrutarão da oportunidade de aprender nem com os homens e muito menos com os insetos, pois a capacidade destrutiva do ser humano tem sobrepujado o seu poder construtivo, fazendo com que ele perca a grande chance de ampliar a sua sobrevivência e o seu aprendizado, já que nem a natureza ele respeita, incluído aí os insetos.

Desta forma, o homem corre o risco de viver isolado, tornando-se uma espécie rara em uma ilha qualquer. Porém, desta vez não haverá o navio H.M.S Beagle para trazê-lo de volta a sociedade.

 


 
 

 

 



2 comentários:

  1. Qd falamos de seres humanos, homens, pessoas, n podemos conjugar o verbo em 3ª pessoa, pois somos seres humanos, homens, pessoas. Assim, devemos conjuga-lo na 1ª pessoa do plural. Logo, as palavras reverberam com mais verdade em nossas almas e podemos nos perceber como parte integrante da massa, assumindo responsabilidades e buscando contribuir com a incessante luta pra mudar o nosso velho quadro social.
    E nas organizações... Torcer para que pessoas como vc (autor do texto) e eu, que ainda se preocupam com a dignidade humana, assumam postos e posturas q tragam os resultados esperados pelas organizações, mas q tb sejam capazes de respeitar e valorizar a essência do que nos faz HUMANOS.

    Ah! Belo e inteligente texto.

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  2. Exatamente, a nossa maior dificuldade é dizer "nós", especialmente quando algo resulta em sucesso. O "eu" é muito usado quando queremos nos autopromover e o "eles" quando queremos culpar alguém. Infelizmente, o homem é individualista por natureza. Porém, cabe a cada um de nós fazer a sua parte, de modo que possamos criar uma energia positiva na propagação do bem estar.

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