Charles Robert Darwin, foi um renomado
naturalista britânico que nasceu na cidade de Shrewsbury em 1809. Ele se
destacou no meio científico por seus estudos sobre a teoria da evolução,
descrita no livro a Origem das Espécies. Segundo suas descobertas os indivíduos
com maior capacidade intelectual, locomoção, reprodução, imunidade e resistência
às condições adversas de ambiente e clima, sobreviveriam, enquanto os mais
fracos pereceriam.
Neste teoria, conhecida como a lei do mais
forte, é preciso dissociar a atuação do homem dos demais seres vivos no que diz
respeito a luta pela sobrevivência. Na natureza, o principio da seleção natural
ocorre de forma equilibrada em toda cadeia alimentar. Os cupins, formigas, vespas e abelhas apesar de serem desprovidos de
raciocínio lógico, conseguem viver em uma sociedade muito bem organizada,
dividida em classes e tarefas.
Esta
convivência altamente complexa, conhecida como eusocialidade abrange o cuidado
cooperativo com a prole, as funções reprodutivas e operárias, além da
sobreposição de gerações em uma mesma colônia, garantindo o perfeito
funcionamento e manutenção do ambiente comum. Neste conceito destacamos as
abelhas, onde a rainha é responsável pela propagação da espécie, o macho por
fecunda-la e as operárias pelos cuidados com a manutenção do ninho.
Já o homem, ser psique e social, cuida da prole, delega e cumpre tarefas,
propaga a espécie, permite a convivência de diferentes gerações em um mesmo
teto, porém ao contrário dos insetos eusociais não consegue viver em equilíbrio
com indivíduos semelhantes. Apesar de estar no topo da cadeia alimentar, lamentavelmente
pode-se dizer que é uma das piores pragas que existe.
Em linhas
gerais, ele não consegue usar os seus conhecimentos em prol da coletividade,
sendo excessivamente individualista e altamente competitivo, muitas vezes
passando por cima de tudo e de todos não impondo limite a si mesmo,
especialmente quando detém o poder.
O homem está
mais apto a retirar uma vida do que propriamente dar a sua em benefício de
alguém. O zangão, ao contrário, em plena lua de mel durante o voo nupcial morre
após a cópula, não tendo nem a oportunidade de conhecer seus descendentes diretos.
É o sacrifício em prol da coletividade, o altruísmo levado ao pé da letra.
Esta
comparação, a princípio descabida e desmedida, a luz da razão faz todo sentido,
quando nos leva a refletir sobre o papel individualista que o homem tem
exercido perante a sociedade, esquecendo-se de servir, cooperar, repartir,
multiplicar, doar, respeitar, apoiar, dentre outros tantos verbos que expressam
à verdadeira contribuição humana, aquela desprovida de qualquer interesse
escuso.
Ao invés de
permitir que as pessoas se deleitem do mel gerado pelas coisas doces da vida,
ele prefere se esconder dentro de uma colmeia totalmente isolada e vedada. Este
mesmo homem é o que está espalhado por diferentes empresas, ora liderando, ora
sendo liberado, mas de alguma maneira ferrando alguém sem qualquer motivo.
No ambiente corporativo, opta por se refugiar em uma zona de conforto e quando
conveniente, ele deixa sorrateiramente seu habitat, voando em direção aos
próprios interesses. Voos suaves, discretos e assertivos, porém individualistas
e traiçoeiros.
Como
identificar o “eu” que há em cada homem e torna-lo como esses insetos, no que
diz respeito à eusocialidade, é o grande desafio de quem pretende se tornar um
líder capaz de atender as necessidades e expectativas das pessoas, de
modo a manter completamente motivadas.
Talvez muitas
gerações não desfrutarão da oportunidade de aprender nem com os homens e muito
menos com os insetos, pois a capacidade destrutiva do ser humano tem
sobrepujado o seu poder construtivo, fazendo com que ele perca a grande chance
de ampliar a sua sobrevivência e o seu aprendizado, já que nem a natureza ele
respeita, incluído aí os insetos.
Desta forma, o
homem corre o risco de viver isolado, tornando-se uma espécie rara em uma ilha
qualquer. Porém, desta vez não haverá o navio H.M.S Beagle para trazê-lo de
volta a sociedade.
Qd falamos de seres humanos, homens, pessoas, n podemos conjugar o verbo em 3ª pessoa, pois somos seres humanos, homens, pessoas. Assim, devemos conjuga-lo na 1ª pessoa do plural. Logo, as palavras reverberam com mais verdade em nossas almas e podemos nos perceber como parte integrante da massa, assumindo responsabilidades e buscando contribuir com a incessante luta pra mudar o nosso velho quadro social.
ResponderExcluirE nas organizações... Torcer para que pessoas como vc (autor do texto) e eu, que ainda se preocupam com a dignidade humana, assumam postos e posturas q tragam os resultados esperados pelas organizações, mas q tb sejam capazes de respeitar e valorizar a essência do que nos faz HUMANOS.
Ah! Belo e inteligente texto.
Exatamente, a nossa maior dificuldade é dizer "nós", especialmente quando algo resulta em sucesso. O "eu" é muito usado quando queremos nos autopromover e o "eles" quando queremos culpar alguém. Infelizmente, o homem é individualista por natureza. Porém, cabe a cada um de nós fazer a sua parte, de modo que possamos criar uma energia positiva na propagação do bem estar.
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